Você que é caminhoneiro autônomo ou é dono de uma empresas de transporte que terceiriza seus serviços de frota sentiram a diferença no volume de fretes neste primeiro trimestre de 2022, correto?
Para se ter uma ideia, o aumento foi de 37%, segundo dados da plataforma digital Fretebras, a maior plataforma online de transporte de cargas da América Latina
O estudo mostra que o volume de janeiro a março deste ano chegou a 2,24 milhões. No mesmo período, só que em 2021, os números chegaram a 1,63 milhão e, em 2020, bateu 1,06 milhão.
Ao todo foram movimentados R$ 18 bilhões no primeiro trimestre de 2022, demonstrando a crescente digitalização do setor de transporte de cargas.
Caminhoneiros cada vez mais conectados
Os aplicativos para buscar caminhoneiros autônomos para realizar os transportes estão cada vez mais sendo procurados pelas transportadoras. Então se você ainda não entrou neste mundo da tecnologia, sinto-lhe informar que está deixando de rodar e ser bem remunerado.
Por outro lado, os caminhoneiros também estão sentindo essa pressão e procurando novas possibilidades no mercado através do digital. Hoje já são mais de 695 mil deles cadastrados somente na plataforma da Fretebras.
A busca por essa ferramenta que conecta pessoas, ou seja, na terceirização do transporte de produtos ou mercadorias, fez com que a Fretebras “monitorasse melhor as movimentações e conseguisse ajudar eles com um transporte mais seguro e eficiente”, segundo informou o diretor de Operações da Fretebras, Bruno Hacad.
Outra informação relevante que mostra no levantamento é que as próprias transportadoras estão recorrendo aos aplicativos para buscar caminhoneiros autônomos para realizar os transportes.
O que isso pode mostrar para você que é caminhoneiro ou dono de transportadora? Que as inúmeras oportunidades de viajar com transporte e ganhar sobre o frete estão cada vez mais interligadas com o mundo digital.
Rotas mais digitalizadas
As regiões Sul e Sudeste estão no topo da lista deste estudo das rotas com mais movimentações. Somente no setor do agronegócio, São Borja e Rio Grande, no Rio Grande do Sul, totalizou 1.453 fretes.
Já entre os produtos industrializados, a rota mais movimentada foi entre Curitiba, no Paraná, e São Paulo, com 1.072 fretes. No setor de construção civil, a maioria dos fretes (2.514) foi feita entre Arcos, em Minas Gerais, e Piracicaba, em São Paulo.
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Guerra na Ucrânia e as incertezas do 1º trimestre
Diversos fatores influenciaram o mercado de fretes, com destaque para a guerra entre Rússia e Ucrânia, as constantes altas da inflação, o aumento do preço do diesel e a recuperação pós-pandêmica.
Além disso tudo, o estudo também mostrou que as commodities brasileiras ganharam mais força no mercado internacional, impulsionadas pela alta do dólar, que teve um reflexo positivo no preço dos grãos lá fora.
É necessário considerar, também, a dependência da importação de fertilizantes da Rússia, que representa 23% das compras deste produto pelo Brasil.
Mas como vai ficar esse cenário daqui pra frente com relação ao frete diante de todos esses acontecimentos global? Para Bruno Hacad, “o preço do frete ainda não aumentou tanto, pois esses processos demoram para ter impacto, ou seja, não é imediato”.
Região em potencial
No primeiro semestre deste ano, o Centro-Oeste apresentou um aumento de 65,1% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O Sudeste e Sul, que sempre apareciam em maior destaque, tiveram crescimentos de 42,0% e 10,2%, respectivamente.
Setores com maior oferta de fretes
O estudo da Fretebras analisa três grandes setores, que representam mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil: o agronegócio, a indústria e a construção.
O agronegócio foi responsável por 37,4% das cargas registradas na plataforma e cerca de R$ 6,7 bilhões em fretes distribuídos. Os estados mais significativos para o desempenho do segmento foram Rio Grande do Sul (15,7%), Mato Grosso (12,4%) e São Paulo (11,9%).
Já os produtos mais transportados foram fertilizantes (23,4%), soja (13,2%) e milho (12,7%). Na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e de 2021, os fretes do agronegócio aumentaram 35,2%.
Logo em seguida estão os produtos industrializados, que originaram 27,7% e cerca de R$ 5 bilhões movimentados em fretes. Os itens mais transportados foram os alimentícios (19%), seguidos por máquinas e equipamentos (11,2%) e siderúrgicos (9,9%). Os estados de maior destaque no segmento foram São Paulo (28,1%), Paraná (13,4%) e Minas Gerais (11,2%). Na comparação com o mesmo período de 2021, o setor teve crescimento de 33,3% no volume de transportes.
Por fim, os fretes de insumos para construção tiveram um crescimento de 68,5%. Os produtos mais transportados foram cimento (53,1%), telha (5,9%) e pisos (4,8%), tendo os estados que mais carregaram insumos no setor foram Minas Gerais (52,8%), São Paulo (10,7%) e Paraná (4,6%).
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